QUESTÕES 2012
SELECIONADAS PELO PROFESSOR TIAGO LYRA
RESOLVER
PROVAS E QUESTÕES É A MELHOR DICA” PROF. TIAGO LYRA
PROVA SEAP 2012 CEPERJ
PORTUGUÊS
A BOA MORTE
Aparentemente ninguém deu
muita bola para a proposta, feita
pela comissão de juristas que
revê o Código Penal, de descriminalizar
certos tipos de eutanásia.
Esse, entretanto, é um assunto
importantíssimo e que tende a
fi car cada vez mais premente,
à medida que a população
envelhece e a medicina amplia seu
arsenal terapêutico.
Desligar as máquinas que
mantêm um paciente vivo pode ser
descrito como um caso de
homicídio, ainda que com o objetivo
nobre de evitar sofrimento,
ou como uma recusa em prosseguir
com tratamento fútil, o que é
perfeitamente legal.
Como sempre, acho que cabe a
cada qual fazer suas próprias
escolhas. Mas, já que nem
sempre sabemos o que é melhor, convém
dar uma espiadela em como
pensam aqueles que, de fato,
entendem do assunto.
Num artigo que está
movimentando a blogosfera sanitária e já
foi reproduzido no “Wall
Street Journal” e no “Guardian”, o doutor
Ken Murray sustenta que,
embora os médicos apliquem todo tipo de
manobra heroica para
prolongar a vida de seus pacientes, quando
se trata de suas próprias
vidas e das de seus entes queridos, eles
são bem mais comedidos.
Como estão familiarizados com
o sofrimento e os desfechos
das medidas extremas, querem
estar seguros de que, quando a
sua hora vier, ninguém vai
tentar reanimá-los nem levá-los a uma
UTI para entubá-los e
espetá-los com cateteres. Murray diz que
um de seus colegas chegou a
tatuar o termo “no code” (sem ressuscitação)
no próprio corpo.
A pergunta que fi ca, então,
é: se não são sádicos, por que os
médicos fazem aos outros o
que não desejam para si mesmos? E
a resposta de Murray é que
ocorre uma perversa combinação de
variáveis emocionais,
econômicas, mal-entendidos linguísticos,
além, é claro, da própria
lógica do sistema. Em geral, para o médico
é muito mais fácil e seguro
apostar no tratamento, mesmo que ele
se estenda para muito além do
razoável.
(Hélio Schwartsman - Folha de
São Paulo, 18/03/2012)
04. “(...) um assunto importantíssimo
e que tende a ficar cada vez
mais premente, à medida que a
população envelhece e a medicina
amplia seu arsenal
terapêutico.”
A locução “à medida que”, no
fragmento acima, assume o seguinte
valor semântico:
A) temporalidade
B) causalidade
C) proporcionalidade
D) finalidade
E) adversidade
05. Os pronomes podem retomar
palavras e expressões ou ainda
ideias inteiras, já
enunciadas no texto.
A alternativa em que o
pronome destacado retoma toda uma ideia
apresentada anteriormente é:
A) “Esse, entretanto, é um
assunto importantíssimo” (1º parágrafo)
B) “a medicina amplia seu
arsenal terapêutico” (1º parágrafo)
C) “cabe a cada qual fazer
suas próprias escolhas” (3º parágrafo)
D) “dar uma espiadela em como
pensam aqueles” (3º parágrafo)
E) “eles são bem mais
comedidos” (4º parágrafo)
09. A palavra “variáveis”
recebe acento gráfico por atender exatamente
aos mesmos critérios que a
seguinte palavra:
A) vírus
B) fútil
C) homicídio
D) caráter
E) razoável
PROVA PROCON 2012 - CEPERJ
03. Os verbos considerados
impessoais devem se manter invariáveis,
no singular, segundo as
normas de concordância verbal.
Há um caso de verbo impessoal
no seguinte exemplo do texto:
A) “você não vê há três
meses”
B) “Para lá fui enviada.”
C) “um gigantesco caminhão
que andava”
D) “aquilo nos pareceu
absurdo”
E) “E não precisará de recall
para isso.”
04. “Sei que você sente
muitas saudades, porque eu também
sinto saudades de você.”
O conectivo “porque”, no
contexto acima, estabelece relação de:
A) modo
B) causa
C) adversidade
D) conformidade
E) proporcionalidade
09. O conectivo introduz
ideia de modo no seguinte exemplo:
A) “saudades de você”
B) “país do recall”
C) “andava sem parar”
D) “falava por si”
E) “juntaram-se a nós”
10. “àquela altura já éramos
amigas. O infortúnio tinha nos unido.”
O trecho acima poderia ser
reescrito, unindo-se as orações por
meio de um conectivo.
A reescritura que preservaria
o sentido original do trecho seria:
A) contudo o infortúnio tinha
nos unido
B) porque o infortúnio tinha
nos unido
C) embora o infortúnio tinha
nos unido
D) portanto o infortúnio
tinha nos unido
E) enquanto o infortúnio
tinha nos unido
15. A função da linguagem
predominante no texto 1 é:
A) emotiva
B) conativa
C) referencial
D) fática
E) metalinguística
16. Dentre os verbos
irregulares há aqueles que apresentam
alguma variação no radical,
ou seja, na “base” da palavra.
Um exemplo de verbo irregular
encontra-se no seguinte exemplo
do texto:
A) “quem lhe escreve”
B) “vivi uma tremenda
aventura”
C) “quanto tempo isso
levaria”
D) “Éramos centenas ali”
E) “sempre falava nisso”
19. O sentido estabelecido
pelo conectivo está corretamente
indicado em:
A) “engolidas ou colocadas no
nariz” - oposição
B) “comunicado público sobre
o perigo” – causa
C) “tem os produtos em casa”
– modo
D) “brinquedo a ser
recolhido” – adição
E) “para evitar acidentes” -
finalidade
20. “Mesmo não havendo
registro de incidentes no País”
O trecho acima poderia ser
reescrito, sem alteração do sentido
essencial, da seguinte forma:
A) Como não há registro de
incidentes no país
B) Embora não haja registro
de incidentes no país
C) Para que não haja registro
de incidentes no país
D) Enquanto não há registro
de incidentes no país
E) Quando não houver registro
de incidentes no país
TRIBUNALREGIONALDOTRABALHODA11 REGIÃO
PROVA 2012 BANCA FCC TEC. ADMIN
28. Para isso, basta que o
Brasil seja capaz de colocar em prática uma ampla e bem-sucedida política
socioambiental ...
(1o parágrafo)
O emprego da forma verbal
grifada na frase acima indica
(A) restrição à afirmativa
anterior.
(B) condição da realização de
um fato.
(C) finalidade de uma ação
futura.
(D) tempo passado em
correlação com outro.
(E) hipótese passível de se
realizar.
29. ... e não sou contra a
expansão da rede de usinas aqui, mas é preciso cautela ... (2o parágrafo)
O segmento grifado acima
denota
(A) finalidade decorrente do
próprio desenvolvimento do texto.
(B) ressalva em correlação
com o sentido da afirmativa anterior.
(C) temporalidade necessária
à concretização da ação prevista.
(D) causa que justifica o
posicionamento do pesquisador.
(E) condição para a
realização da hipótese anterior a ele.
37. O segmento cujo sentido
está corretamente expresso em outras palavras é:
(A) dissecando a estrutura =
aglutinando os elementos estruturais

(C) purgação dessas emoções =
emancipação desses sentimentos
(D) compaixão e terror =
piedade e pavor
(E) levantando a hipótese = auferindo
a convicção
TRIBUNALREGIONALDOTRABALHODA6 REGIÃO a
TécnicoJudiciário
ÁreaAdministrativa
4. “Ela ignora o sorriso,
salvo aquele que é excitado pela

Mantendo-se a correção, a
lógica e o sentido original, o
elemento grifado acima pode
ser substituído por:
(A) afora.
(B) através.
(C) de encontro.
(D) sobre.
(E) embora.
6- ... que já detestava a jovem...
O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o
grifado acima está em:
(A) A Inveja habita o fundo de um vale...
(B) ... todos os que falaram desse sentimento...
(C) ... porque esta a espionara...
(D) ... que interceda junto a Hersé...
(E) Não admitia que a mortal...
POLÍCIA
FEDERAL 2012 AGENTE (NÍVEL SUPERIOR-BANCA CESPE)

décadas antes de Freud. Se a afirmação não é rigorosamente
exata, não deixa de fazer sentido, uma vez que Marx, em
O Capital, no capítulo sobre o fetiche da mercadoria, 4
estabelece dois parâmetros conceituais imprescindíveis para
explicar a transformação que o capitalismo produziu na
subjetividade. São eles os conceitos de fetichismo e de 7
alienação, ambos tributários da descoberta da mais-valia — ou
do inconsciente, como queiram.
A rigor, não há grande diferença entre o emprego 10
dessas duas palavras na psicanálise e no materialismo histórico.
Em Freud, o fetiche organiza a gestão perversa do desejo
sexual e, de forma menos evidente, de todo desejo humano; já 13
a alienação não passa de efeito da divisão do sujeito, ou seja,
da existência do inconsciente. Em Marx, o fetiche da
mercadoria, fruto da expropriação alienada do trabalho, tem 16
um papel decisivo na produção “inconsciente” da mais-valia.
O sujeito das duas teorias é um só: aquele que sofre e se indaga
sobre a origem inconsciente de seus sintomas é o mesmo que 19
desconhece, por efeito dessa mesma inconsciência, que o poder
encantatório das mercadorias é condição não de sua riqueza,
mas de sua miséria material e espiritual. Se a sociedade em que
22
vivemos se diz “de mercado”, é porque a mercadoria é o
grande organizador do laço social.
Maria Rita Kehl. 18 crônicas e mais algumas.
São Paulo: Boitempo, 2011, p. 142 (com adaptações).
A expressão “dessas duas
palavras” (R.11), como comprovam
as ideias desenvolvidas no
parágrafo em que ela ocorre, remete
não aos dois vocábulos que
imediatamente a precedem —
“mais-valia” (R.8) e
“inconsciente” (R.9) —, mas, sim, a
“fetichismo” (R.7) e
“alienação” (R.8).
TEXTO 2
Imagine que um poder absoluto
ou um texto sagrado 1
declarem que quem roubar ou
assaltar será enforcado (ou terá
a mão cortada). Nesse caso,
puxar a corda, afiar a faca ou
assistir à execução seria
simples, pois a responsabilidade moral 4
do veredicto não estaria
conosco. Nas sociedades tradicionais,
em que a punição é decidida
por uma autoridade superior a
todos, as execuções podem ser
públicas: a coletividade festeja 7
o soberano que se encarregou
da justiça — que alívio!
A coisa é mais complicada na
modernidade, em que
os cidadãos comuns (como você
e eu) são a fonte de toda 10
autoridade jurídica e moral.
Hoje, no mundo ocidental,
se alguém é executado, o
braço que mata é, em última
instância, o dos cidadãos — o
nosso. Mesmo que o condenado 13
seja indiscutivelmente
culpado, pairam mil dúvidas. Matar um
condenado à morte não é mais
uma festa, pois é difícil celebrar
o triunfo de uma moral tecida
de perplexidade. As execuções 16
acontecem em lugares
fechados, diante de poucas testemunhas:
há uma espécie de vergonha.
Essa discrição é apresentada
como um progresso: os povos civilizados
não executam seus 19
condenados nas praças. Mas o
dito progresso é, de fato, um
corolário da incerteza ética
de nossa cultura.
Reprimimos em nós desejos e
fantasias que nos 22
parecem ameaçar o convívio
social. Logo, frustrados, zelamos
pela prisão daqueles que não
se impõem as mesmas renúncias.
Mas a coisa muda quando a
pena é radical, pois há o risco de 25
que a morte do culpado sirva
para nos dar a ilusão de liquidar,
com ela, o que há de pior em
nós. Nesse caso, a execução do
condenado é usada para limpar
nossa alma. Em geral, a justiça 28
sumária é isto: uma pressa em
suprimir desejos inconfessáveis
de quem faz justiça. Como
psicanalista, apenas gostaria que a
morte dos culpados não
servisse para exorcizar nossas piores 31
fantasias — isso, sobretudo,
porque o exorcismo seria ilusório.
Contudo é possível que haja
crimes hediondos nos quais não
reconhecemos nada de nossos
desejos reprimidos. 34
Contardo Calligaris. Terra de
ninguém – 101 crônicas.
São Paulo: Publifolha, 2004,
p. 94-6 (com adaptações).
Mantendo-se a correção
gramatical e a coerência do texto, a oração
- “se alguém é executado” (R.12), que expressa uma hipótese, poderia
ser escrita como caso se
execute alguém, mas não, como se caso
alguém se execute.
- O termo “Essa discrição” (R.18) refere-se apenas ao que está
expresso na primeira oração
do período que o antecede.

6
“E quando descarrega no melhor de um papo, ou, pior,
no meio da briga, dando a impressão de que desliguei
na cara?” (. 71-73)
O vocábulo que poderia substituir o termo destacado e
expressar o mesmo sentido básico é
(A) disfarçadamente
(B) abruptamente
(C) secretamente
(D) paulatinamente
(E) demoradamente
9
Na abordagem da concordância verbal, as gramáticas
apresentam casos em que o verbo fica invariável, por
ser
considerado “impessoal”.
O exemplo do texto em que o verbo grifado encontra-se
no singular por ser impessoal é:
(A) “Será árduo garimpar os números da família,
amigos,
contatos profissionais.” (. 13-15)
(B) “Eu os buscarei, é óbvio.” (. 18-19)
(C) “Há alguns anos...” (. 20)
(D) “Vejo motoristas de táxi...” (. 39)
(E) “A maioria dos chefes sente-se no direito...” (.
47)
10
Considere a regência de desliguei no fragmento abaixo.
“Provavelmente eu o desliguei.” (. 5)
O verbo que apresenta a mesma regência está empregado
em:
(A) “O primeiro sentimento é de pânico” (. 9)
(B) “A implantação demorou por aqui” (. 21)
(C) “eu ficava esperto.” (. 25)
(D) “fechar o negócio mais importante do mês” (.
63-64)
(E) “Ela quase enlouquece!” (. 65)
CASA DA MOEDA 2012
CESGRANRIO
2
O fragmento abaixo apresenta um ponto de vista que
é justificado por um argumento apresentado no texto.
“Talvez não fosse um Menino De Família, mas também
não era um Menino De Rua.” (. 5-6)
A passagem do texto que justifica esse ponto de vista
é:
(A) “certa de que ele estava pedindo dinheiro.” (.
3-4)
(B) “Menino De Rua é aquele que quando a gente passa
perto segura a bolsa com força porque pensa que ele
é pivete, trombadinha, ladrão.” (. 10-12)
(C) “Na verdade, não existem meninos DE rua. Existem
meninos NA rua.” (. 29-30)
(D) “Os meninos não vão sozinhos aos lugares.” (.
31-32)
(E) “7 milhões de crianças só podem ser abandonadas
pela coletividade.” (. 49-50)
5
Algumas palavras são acentuadas com o objetivo
exclusivo
de distingui-las de outras.
Uma palavra acentuada com esse objetivo é a seguinte:
(A) pôr
(B) ilhéu
(C) sábio
(D) também
(E) lâmpada
QUESTÕES DO ITA (VESTIBULAR MAIS DIFÍCIL DO BRASIL!!)
ITA 2012
Questão 32. Das opções abaixo, a única que NÃO
apresenta linguagem informal é
A ( ) Hoje, com
a Internet, é facílimo, está ao alcance da vista de quase todo mundo. (linha
10)
B ( ) [...] a
editora oferece o produto – a revista – ao mercado de anunciantes. Normal.
(linha 16)
C ( ) Estão
confundindo a classe C com passarinho, só pode. (linha 21)
D ( ) [...]
tipo uma parede toda de filtros de café usados. [...]. (linhas 23 e 24)
E ( ) Dicas
culturais de leitura, filmes, música, então, nem pensar. (linha 27)
ITA 2011
Questão 26. Assinale a opção em que o termo grifado
NÃO indica a circunstância mencionada entre parênteses.
A ( ) [...] pois até as vias alternativas que os
taxistas conhecem estavam entupidas. (Causa) (linhas 3 e 4)
B ( ) Já foram inclusive objeto de teses
acadêmicas. (Tempo) (linhas 15 e 16)
C ( ) [...] apesar de ser a saída mais utilizada
pela população [...]. (Concessão) (linha 17)
D ( ) Já em bairros nobres, como Moema, Itaim e
Jardins, por exemplo, [...]. (Tempo) (linha 38)
E ( ) [...] porque o ambiente lá fora – o nosso
meio ambiente urbano – dizem que é muito perigoso. (Causa) (linhas 40 e 41)
Questão 30.
Assinale a
opção em que o autor expressa claramente seu julgamento.
A ( ) Podemos
ver daqui que todos os carros em todas as ruas estão imobilizados. (linhas 2 e
3)
B ( ) A cidade,
enfim, parou. (linha 3)
C ( ) Os personagens passam horas, mais horas, dias
inteiros entalados na estrada. (linhas 8 e 9)
D ( ) Ontem era
a crise aérea, amanhã será outra qualquer. (linhas 20 e 21)
E ( ) E sempre
haverá algo a lembrá-la – coisa mais chata – de que ainda vivemos no Brasil.
(linhas 21 e 22)
“Ai cigana ciganinha,
ciganinha, meu amor”.
Quando escutei essa cantiga
era hora do almoço, há muitos anos.
A voz da mulher cantando vinha de uma
cozinha,
ai ciganinha, a voz de bambu rachado
continua tinindo, esganiçada, linda,
viaja pra dentro de mim, o meu ouvido
cada vez melhor.
Canta, canta, mulher, vai polindo o
cristal,
canta mais, canta que eu acho minha mãe,
meu vestido estampado, meu pai tirando
boia da panela,
canta que eu acho minha vida.
(Em: Bagagem. Rio de Janeiro: Guanabara,
1986.)
Acerca desse poema, é INCORRETO afirmar que
A ( ) a poeta tem consciência de que seu passado é
irremediavelmente
perdido.
B ( ) existe um tom nostálgico, e um saudosismo de
raiz romântica.
C ( ) a cantiga faz com que a poeta reviva uma
série de lembranças
afetivas.
D ( ) predomina o tom confessional e o caráter
autobiográfico.
E ( ) valoriza os elementos da cultura popular,
também uma herança
Romântica