Professor Tiago Lyra:
Licenciado em Português/Inglês pela Universidade Metropolitana de Santos/SP, professor há mais de 8 anos em cursos presenciais para concursos no Estado do Rio de Janeiro, Ex. AL Oficial da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. Atualmente é servidor Público do RIOPREVIDÊNCIA (Fundo Único de Previdência Social do estado do Rio de Janeiro).
Conhecido pelos seus alunos em todo o Brasil por meio do BIZU DO LYRA que indica sempre uma dica importante para as provas de Língua Portuguesa das principais Bancas do país.Bacharelando em Direito na UCAM


CONCURSO NÃO SE FAZ PARA PASSAR, MAS ATÉ PASSAR!!

domingo, 16 de outubro de 2011

RUMO AO TÍTULO, rsrsrs

SEGUE UMA AULA SOBRE O USO DA VÍRGULA

Oi, pessoal
Tudo certinho? Estão estudando bastante?
Na aula de hoje vamos abordar o assunto: PONTUAÇÃO!!
Pessoal, este assunto é muito importante para concursos, independente da banca, seja ela ESAF, FCC, CESPE-UNB, FUNRIO, CESGRANRIO, ou seja, é conteúdo certo, em qualquer concurso!!
Então vamos nessa, rumo à aprovação!!

Galera, sem dúvida o que mais cai em provas é a vírgula, ou seja, quando ela deve ou não ser usada, será que devo usar toda vez que der uma pausa na fala?Shiiiiiii
Na comunicação oral, o falante lança mão de certos recursos da linguagem, como a
entoação da voz, os gestos e as expressões faciais para denotar dúvida, hesitação,
surpresa, incerteza etc.
Quando se constrói a comunicação por meio da escrita, quem passa a ter essa
incumbência é a pontuação. Por isso, tanta gente associa indevidamente o emprego de
vírgula a uma pausa da respiração. Isso não tem sentido!! Se assim o fosse, tínhamos de colocar vírgula a cada palavra escrita. Ou você, por acaso, fica sem ar ao escrever uma oração sem vírgulas? Ta maluco, Tiago aí ia ser difícil!!...
Então como é?? Deixa que eu explico,

Bem, além de estabelecer na escrita aquelas denotações expostas acima, também se digna a
eliminar ambigüidades que poderiam surgir em um texto sem pontuação ou a destacar
certas palavras, expressões ou frases.

NÃO VOU À AULA.
NÃO, VOU À AULA.

Nitidamente a vírgula alterou semanticamente a frase.

Pessoal, vejam este exemplo:

“Um homem rico estava muito mal, pediu papel e pena. Escreveu assim:
‘Deixo meus bens à minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta
do alfaiate nada aos pobres.’
Morreu antes de fazer a pontuação (rsrs)

A quem ele deixou a fortuna?

Eram quatro concorrentes.
1) O sobrinho fez a seguinte pontuação:
‘Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a
conta do alfaiate. Nada aos pobres.’
2) A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito:
‘Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a
conta do alfaiate. Nada aos pobres.’
3) O alfaiate pediu cópia do original. Puxou a brasa para a sardinha dele:
‘Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a
conta do alfaiate. Nada aos pobres.’
4) Chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta pontuação:
‘Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a
conta do alfaiate? Nada! Aos pobres.’

Perceberam que o uso correto da pontuação é muito importante??




Então vamos as regras:



SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTOS + ADJUNTOS

Essa é a ordem direta. Para colocar a oração nessa ordem, você deve partir do verbo (e não do sujeito,
como alguns podem pensar), perguntando a ele quem o comanda, ou seja, quem é o seu sujeito.
A partir daí, sabendo o sujeito e o verbo, identificaremos os complementos verbais
(predicativos, objetos).

Os adjuntos, são termos acessórios, são as condições em que a ação expressa pelo verbo se estabelece – tempo, lugar, modo, intensidade, dúvida, negação. Essas circunstâncias são apresentadas pelos advérbios.

Os complementos, além de verbais, podem ser nominais, quando completam o sentido
de um nome: necessidade de carinho. Repare que de carinho completa o sentido do nome necessidade (que é um substantivo, pensando morfologicamente) Também aos nomes ligam-se elementos para restringi-los ou designá-los (adjuntos adnominais). Esses termos regidos devem ficar próximos de seus termos regentes, onde quer que estejam.

Ex.: Meu carro é bom. O pronome possessivo que você aprendeu lá na “Tia Teteca” nesse caso está ligado ao substantivo “carro” dando, vamos dizer assim, uma idéia a mais. Logo, ele é adjunto ad (emdireção de) nominal – adjunto adnominal.

Legal, Tiago!! Mas, o que isso me leva a acertar uma questão de pontuação?? CALMAAAA, AMIGO CONCURSEIRO!! Isso é uma base para entrarmos nas famosas regras.

Prometo que é só mais uma exemplo. Rsrs


Seu carinho à pátria era enorme.

O nome carinho faz parte do sujeito (é o seu núcleo), bem como os complementos SEU
(pronome possessivo) e À PÁTRIA (complemento nominal = idéia passiva = a pátria é
amada).

Tenho necessidade de chorar.

O nome DE CHORAR faz parte do predicado.
Esses conceitos são fundamentais para compreendermos alguns casos de proibição.
Os sinais de pontuação são:

*ponto,
*ponto-e-vírgula,
*vírgula, ponto de exclamação,
*ponto de interrogação,
*travessão, parênteses,
*aspas,
*reticências.

Eles indicam entoação ou pausa.

BIZU: O sinal mais explorado em questões de prova é, sem dúvida, a vírgula.
VÍRGULA

Vamos começar pelos casos proibitivos;

1 - Separar por vírgula elementos inseparáveis na ordem direta:
1.1 – sujeito do verbo;
1.2 – verbo do complemento verbal;
1.3 – termo regente do termo regido (complemento nominal, adjunto adnominal);
1.4 – verbos que compõem uma locução verbal;

BIZU: A maioria das provas de concurso cobra apenas isso, que acabamos de ler. Na verdade, caso sua prova fosse amanhã e você não soubesse nada, eu ia parar por aqui e só falaria nisso: Logo, Não podemos separar:
1.1 – sujeito do verbo;
1.2 – verbo do complemento verbal;
1.3 – termo regente do termo regido (complemento nominal, adjunto adnominal);
1.4 – verbos que compõem uma locução verbal;
Meu caro e minha cara: apareceu uma vírgula separando elementos inseparáveis, “xis” nele!!!


EXEMPLOS:

- JOÃO COMPROU, UM CARRO. (ERRADO) UM CARRO É COMPLEMENTO DO VERBO COMPRAR

- JOÃO COMPROU UM CARRO. (CERTO)

-CAROLINA, ENTROU NO CARRO. (ERRADO) CAROLINA É SUJEITO, ENTÃO, CARO CONCURSEIRO(A), NÃO COLOQUE VÍRGULA PARA SEPARAR SUJEITO DE SEU RESPECTIVO VERBO

- CAROLINA ENTROU NO CARRO. (CERTO)

ALGUMAS SITUAÇÕES ESPECIAIS:

1 adjuntos adverbiais deslocados, desde que PEQUENOS E DE FÁCIL
ENTENDIMENTO,algumas gramáticas falam de PEQUENO CORPO, mas é mesma coisa,  dispensam a vírgula. Caso contrário, longos, em orações
adverbiais extensas, ou, mesmo curtos, para dar ênfase ao adjunto, devem ser
isolados por vírgula.

EX.: Hoje (,) irei à praia. Certamente (,) irei à praia.

Embora tenha me mantido distante das negociações, precisarei comparecer à reunião
de acionistas. (neste caso o advérbio é de grande corpo, é tão grande que é uma oração também rsrs, mas o que importa é que nesse caso o uso é obrigatório)
2 elipse de algum termo pode ser indicada por uma vírgula, como em : “Fui à festa
levando muitos refrigerantes; João, somente a boca.” Ou seja, aconteceu a supressão de um termo (nesse caso o verbo levar, aliás isto é elipse).

Amigo (a) concurseiro (a) só para lembrar não se esqueça que o melhor bizu é este:

BIZU: A maioria das provas de concurso cobra apenas isso, que acabamos de ler. Na verdade, caso sua prova fosse amanhã e você não soubesse nada, eu ia parar por aqui e só falaria nisso: Logo, Não podemos separar:
1.1 – sujeito do verbo;
1.2 – verbo do complemento verbal;
1.3 – termo regente do termo regido (complemento nominal, adjunto adnominal);
1.4 – verbos que compõem uma locução verbal;
Meu caro e minha cara: apareceu uma vírgula separando elementos inseparáveis, “xis” nele!!!
rsrsrs, só para você não esquecer!!


A VÍRGULA NAS ORAÇÕES COORDENADAS

1) Separam-se os termos de mesma classe gramatical em coordenação.
Ex.: Comprei arroz, feijão,ovos, alface, frutas.
Observações
a) A última vírgula pode ser trocada por e.
Ex.: Comprei arroz, feijão,ovos, alface, frutas..

b) Pode-se usar e em todos os termos; é o que se conhece como polissíndeto (poli-vários/síndeto-conjunção)

Ex.:    Comprei arroz e feijão e ovos e alface e frutas.
Comprei arroz, e feijão, e ovos, e alface, e frutas.

No polissíndeto as vírgulas são facultativas!

2) Orações coordenadas, com exceção das iniciadas por e, pedem vírgulas.
Ex.: Estudei pelo “Canal dos concursos”, portanto vou passar. // Comprou o remédio, entretanto não melhorou.
Bizu:   a) Se a conjunção coordenativa estiver depois do verbo, ficará entre vírgulas.
Ex.: Estudei bem o livro; sei, portanto, a matéria.
Estudei bem o livro. Sei, portanto, a matéria.
Como se vê, com o deslocamento da conjunção coordenativa devem-se usar, no
início da oração, ponto-e-vírgula ou ponto, nunca a vírgula.
b) A oração coordenada iniciada por e não pede vírgula, a menos que tenha sujeito
diferente da primeira.
Ex.: O homem leu o jornal e assistiu à novela.
O homem leu o jornal, e a mulher assistiu à novela.
Obs.: Essa vírgula, hoje em dia, já vem sendo considerada facultativa. Convém observar
bem as outras alternativas para, na comparação, resolver a questão.


A VÍRGULA NAS ORAÇÕES SUBORDINADAS

1 )orações subordinadas adjetivas podem ser restritivas ou explicativas:
- restritivas - como o nome sugere, restringem o conceito dos substantivos e, a

Nas orações adjetivas restritivas, a vírgula é PROIBIDA!

Os políticos que se envolveram no escândalo do mensalão deveriam ser expulsos
da vida pública. Ou seja, eu nesse caso quere restringir o termo político, é qualquer político?? Não, são os que se envolveram no escândalo do mensalão, logo, eu estou restringindo o termo político.

- explicativas – sua função é somente explicar; por isso, como qualquer elemento
de função meramente explicativa, deverão ser colocadas entre vírgulas. Se após a
oração houver o encerramento do período, em vez de colocar a segunda vírgula,
coloca-se o ponto final.

 Ex.: O carro, que é azul, comprei. Explica para mim qual foi o carro que você comprou?? Lógico, foi o azul. Viu como é uma explicação!!!!

Tiaaagooooo, socorrooo, para mim tudo tem valor de restrição e expplicação!! O que faço??? Simples, quando a banca colocar vírgula a Oração será Adjetiva Explicativa caso contrário será Adjetiva Restritiva.

BIZU: - ORAÇÃO ADJETIVA EXPLICATIVA         C/ VÍRGULA
- ORAÇÃO ADJETIVA RESTRITIVA         S/ VÍRGULA


2) As orações subordinadas substantivas não se separam da principal por meio de
vírgula.

Ex.: Sei que tudo se ajeitará.
oração principal: sei
oração subordinada substantiva objetiva direta: que tudo se ajeitará.
Obs.: As orações subordinadas substantivas representam o sujeito, o objeto direto, o
objeto indireto etc. da oração principal, ou seja, termos que não admitem vírgula por não
corresponderem a uma pausa.

3) As orações subordinadas adverbais no final do período se separam da principal por
meio de uma vírgula (facultativa); no início do período, exigem vírgula.
Ex.: Ele fez o desenho, conforme lhe solicitei.
Ele fez o desenho conforme lhe solicitei.
Conforme lhe solicitei, ele fez o desenho. (obrigatória).





OUTRAS SITUAÇÕES DE VÍRGULAS


a) Com o vocativo.
Ex.: Fernando, aqui está o seu carro.

b) Com o aposto explicativo.
Ex.: Marcos, seu namorado, chegou cedo.
Obs.: Veja como muda o sentido e a análise dos termos, quando se muda a pontuação.

Marcos, seu namorado amigo chegou cedo.
Agora, seu namorado é o sujeito da oração; Marcos, o vocativo.

c) Nas datações, para separar o nome do lugar. Ex.: Rio de Janeiro, 22 de agosto de 2005.
e) Com certas orações reduzidas de gerúndio que se lêem com pausa. Ex.: Chegou tarde naquela noite, deixando a mãe bastante preocupada.


Bom, como essa aula é demonstrativa, vou parar por aqui, abaixo segue algumas questões de fixação:


1 - (FCC/TRE MG /2005)
A supressão da(s) vírgula(s) implicará alteração de sentido na frase:
(A) Ao longo das últimas décadas, as obras de Umberto Eco vêm ganhando mais e mais
respeitabilidade.
(B) Umberto Eco homenageia os cientistas, que combatem o obscurantismo
fundamentalista.
(C) O grande pensador italiano, Umberto Eco, homenageia em seu texto a atitude de um
grande cientista.
(D) Na atitude de Stephen Hawking, há uma grandeza que todo cientista deveria imitar.
(E) Não há como deixar de reconhecer, no texto de Humberto Eco, uma homenagem a
Stephen Hawking.

 Letra B
Cuidado com o enunciado caro(a) concurseiro(a). O examinador não busca a opção em que haverá prejuízo
gramatical com a retirada da vírgula, mas a em que haverá alteração semântica
(“sentido na frase”).
Observamos que essa alteração ocorre com a retirada da vírgula que inicia a oração
subordinada adjetiva explicativa. Do modo com é apresentada na construção, a oração
“que combatem o obscurantismo fundamentalista” indica essa prática por todos os
cientistas a quem Umberto Eco presta homenagem.
A partir da retirada do sinal de pontuação, haveria mais de uma “espécie” de cientista, e
aos cientistas que combatem o obscurantismo fundamentalista o pensador
italiano só renderia homenagens.







2 - (FGV / ICMS MS - Fiscal de Rendas / 2006)
O modo de produção capitalista não tem vocação suicida, e nada indica que ele esteja a
ponto de morrer de morte natural.
No trecho acima, utilizou-se corretamente a vírgula antes da conjunção e. Assinale a
alternativa em que isso não tenha ocorrido.
(A) Você deve sair antes de anoitecer, e antes de acenderem as luzes, e antes de
fecharem o comércio.
(B) Ele muito se esforçou para a realização daquele projeto, e acabou não sendo bemsucedido.
(C) Os irmãos compreendiam-se mutuamente, e, portanto, respeitavam-se.
(D) A expedição encontrou um grupo perdido, e todos voltaram juntos.
(E) A maioria dos estudantes aprovou a proposta, e seus pais acataram a decisão.

C
Não está errado empregar uma vírgula antes da conjunção “e”. O problema, grande amigo concurseiro(a) é como fazer
isso para não errar. O autor do texto fez com perfeição, já que os sujeitos das orações
coordenadas são diferentes (o primeiro – “o modo de produção capitalista”, e o segundo,
nada”).
Quando o sujeito das duas orações for o mesmo, isso não será possível, a não ser em
casos muito especiais, por questões de clareza textual (quando, por exemplo, a primeira
oração for muito longa e houver a necessidade de se retomar o sujeito distante).
Muita gente deve ter achado estranha a primeira construção (opção a). Contudo, em
aula, vimos os casos de polissíndeto, em que podemos repetir a conjunção para dar
ênfase aos elementos (lembra do poema de Vinícius?).
Então, estaria correta a construção. Reforça-se, com a repetição, a necessidade de se
sair cedo – antes de anoitecer, antes de acenderem as luzes, antes de fecharem o
comércio.
Na opção b, a conjunção “e” tem valor adversativo. Vimos na aula sobre conectivos que
só podemos afirmar o valor da conjunção no período, lembra? Então, há entre a primeira
e a segunda oração idéias contrárias – muito esforço na realização do projeto ≠
projeto mal-sucedido. Por isso, está correta a pontuação.
No período da opção d, os sujeitos são distintos, assim como o fez o autor do texto. Na
primeira oração, o sujeito é “A expedição”, enquanto que, na segunda, é o pronome
“todos”.
Por fim, também são diferentes os sujeitos do último período: “a maioria dos estudantes”
e “seus pais”. Assim, é possível o emprego de vírgula antes da conjunção aditiva “e”.

3 - (NCE UFRJ/ ANTT / 2005)
Assinale a letra que corresponde à melhor redação, considerando correção, clareza e
concisão.
(A) Alguns sabem que certas coisas não têm preço;
(B) Sabem alguns, que certas coisas não tem preço;
(C) Certas coisas não têem preço, é o que sabem alguns;
(D) Sabem alguns que certas coisas não têem preço;
(E) Alguns sabem que, certas coisas não têm preço.

 A
Vimos que a vírgula não pode separar elementos inseparáveis, que são: sujeito do verbo,
verbo do complemento, termo regido do termo regente, conjunção ou pronome relativo
da oração correspondente.
Você esqueceu?????????
Olha o bizu:
BIZU: A maioria das provas de concurso cobra apenas isso, que acabamos de ler. Na verdade, caso sua prova fosse amanhã e você não soubesse nada, eu ia parar por aqui e só falaria nisso: Logo, Não podemos separar:
1.1 – sujeito do verbo;
1.2 – verbo do complemento verbal;
1.3 – termo regente do termo regido (complemento nominal, adjunto adnominal);
1.4 – verbos que compõem uma locução verbal;
Meu caro e minha cara: apareceu uma vírgula separando elementos inseparáveis, “xis” nele!!!


Se houver uma intercalação separando-os, deve haver DUAS VÍRGULAS e não apenas
uma.
A oração totalmente correta está na letra a.
As demais apresentam os seguintes erros.
b) O verbo saber está separado de seu complemento oracional (que certas coisas não
têm preço) por uma vírgula após o termo que exerce a função de sujeito (alguns).
Além disso, houve um erro de concordância verbal (“tem” no lugar de “têm”, que possui
o substantivo “coisas” como núcleo do sujeito).
c) Que coisa feia é essa de “têem”??? Cruzes!
d) Olha essa feiúra aí de novo!!! Será que a banca imaginou que alguém ia marcar uma
coisa dessas como CERTA?!?!?! SOCORRO!
e) Nessa opção, a conjunção “que” está separada indevidamente do restante da oração a
que pertence.

4 - (FCC / BANCO DO BRASIL / 2006)
Está plenamente correta a pontuação do seguinte segmento:
(A) Pode viver um homem sem acesso à civilização. Não pode: embora haja muitos que
pensem o contrário. O que não é evidentemente, o caso do cronista.
(B) O poeta Álvares de Azevedo, no século XIX, parecia alimentar a mesma convicção do
cronista. Embora fosse um romântico, o poeta ridicularizava os idealistas que,
tendenciosamente, omitiam as agruras da vida natural.
(C) O cronista é um dos maiores humoristas nossos, sem receio de ofender pontos de
vista alheios, costuma atacar o senso comum; no que este tem de vicioso e sobretudo,
artificial.
(D) Provavelmente se sentirão hostilizados, aqueles que defendem as delícias da vida
natural. Em compensação: os que relutam em aceitá-la, muito se divertirão com essa
crônica.
(E) Não se privaria o cronista, do conforto que oferecem instalações sanitárias, em nome
de uma vida mais pura e mais rústica. Por que haveríamos de renunciar aos ganhos da
civilização, pergunta-se ele?


B
As demais opções apresentam os seguintes erros.
(A) O primeiro período, na verdade, deveria ser interrogativo (“Pode viver um homem
sem acesso à civilização?”), apresentando-se a resposta no segundo período (“Não
pode”). A partir daí, uma vírgula o separa da oração subordinada concessiva (“Não pode,
embora haja muitos que pensem o contrário”). Os dois pontos estão empregados de
forma incorreta.
Ademais, o verbo “ser” foi separado indevidamente de seu complemento “o caso do
cronista” por uma vírgula, e a expressão adverbial “evidentemente” deveria vir isolada
por DUAS vírgulas ou sem nenhuma delas, por ser um termo curto e de fácil
entendimento. Somente uma vírgula implica erro de pontuação para o período.
(C) O primeiro período se encerra em “nossos”. Deve ser indicada essa interrupção por
um ponto. A seguir, está indevidamente empregado o ponto-e-vírgula, que separa o
verbo “atacar” de seu complemento (“atacar no que este tem ...”). Por fim, faltou a
primeira vírgula da série que isola o vocábulo “sobretudo” (“e, sobretudo, artificial.”).
(D) O sujeito do verbo “sentir” é “aqueles”. Na ordem direta, isso fica mais claro
(Aqueles [que defendem as delícias da vida natural] se sentirão hostilizados
provavelmente.). Uma vírgula separa o sujeito (aqueles) do verbo correspondente,
devendo ser retirada. No período seguinte, a expressão introdutória “Em compensação”
deve ser seguida por uma vírgula, e não pelo sinal de dois pontos.
Em seguida, mais uma vez a vírgula separa o sujeito, representado pelo pronome
demonstrativo “os” (em “os [que relutam em aceitá-la]”), do predicado “muito se
divertirão”, incorrendo em um dos casos de proibição (separar sujeito do verbo).
(E) O complemento indireto do verbo bitransitivo privar foi separado deste por uma
indevida vírgula (“Não se [objeto direto] privaria o cronista [sujeito] do conforto
[objeto indireto]).

5 - (ESAF/Fiscal do Trabalho/2003)
A sociedade baseada na liberdade contratual será sempre, em grande parte, uma
sociedade de classes, cuja estrutura é defendida em vantagem dos ricos. Cumpre
associar o indivíduo no processo de autoridade, isto é, o trabalhador no poder industrial.
A exclusão de alguém de uma parcela do poder é, forçosamente, a exclusão daquele dos
benefícios deste. Todos deviam e devem, portanto, ter direito a uma parte dos resultados
da vida social. E as diferenças devem existir somente quando necessárias ao bem
comum. Impõe-se, pois, uma igualdade econômica maior, porque os benefícios que um
homem pode obter do processo social estão aproximadamente em função de seu poder
de consumo, o que resulta do seu poder de propriedade. Assim os privilégios econômicos
são contrários à verdadeira sociedade democrática. O próprio conceito de liberdade
redefine-se através dos séculos, de acordo com as circunstâncias históricas e o
desenvolvimento das forças econômicas. E a liberdade, no mundo atual, só existirá de
fato quando assentada na segurança e em função da igualdade. É que a verdadeira
democracia, já o disse Turner, “é o direito do indivíduo de compartilhar as decisões que
respeitam a sua vida e da ação necessária à execução de tais decisões”. Para que a
liberdade realmente exista, é preciso que a sociedade se estruture sobre cooperação e
não sobre a exploração. E assim os homens serão livres.
(João Mangabeira, Oração do Paraninfo, proferida em Salvador, BA, em 8/12/1944, com
adaptações)
Analise as seguintes afirmações a respeito do uso dos sinais de pontuação no texto.
I. O emprego da vírgula depois de “classes” (l.2) é opcional e, por isso, sua retirada não
causa prejuízo gramatical ao texto.
II. Devido ao valor explicativo do período iniciado por “A exclusão”(l.4), as regras
gramaticais permitem trocar o ponto final que o antecede pelo sinal de dois pontos,
desde que se empregue o artigo com letra minúscula.
III. Apesar de não ser obrigatório o emprego da vírgula depois de “Assim”(l.9), o valor
conclusivo do advérbio recomenda que aí seja inserida.
IV. Por se tratar de uma citação, as regras gramaticais admitem que o período entre
aspas (l.14-15) seja precedido do sinal de dois pontos, em lugar de vírgula; e, nesse
caso, as aspas podem ser retiradas.
a) todos os itens estão corretos.
b) nenhum item está correto.
c) apenas o item II está correto.
d) apenas os itens II e III estão corretos.
e) apenas os itens II, III e IV estão corretos.

Poxaaaa Tiagoooo, questão difícil....rsrsrs
E

Está incorreto apenas o item I.
Como já vimos, a vírgula em orações adjetivas ou é obrigatória (explicativa) ou proibida
(restritiva). Não há caso de vírgula opcional. Essa vírgula tem a função de iniciar uma
oração subordinada adjetiva explicativa, em relação a sociedade de classes.
Estão corretos os itens:
II - A associação proposta na oração anterior será apresentada na oração iniciada por “A
exclusão”. Portanto, está correta a sugestão.
III – Por ser curto o advérbio, houve a dispensa da vírgula. Contudo, devido ao seu
valor conclusivo, melhor seria mantê-la após Assim.
IV – As aspas servem para indicar que as palavras não pertencem ao autor do texto,
mas àquela pessoa mencionada por ele. A partir da colocação do sinal de dois pontos,
essa distinção fica clara, passando o emprego das aspas a ser facultativo.


ACABOUUUU, UFAAA!!rsrsrs
Espero vocês na próxima aula!! Rumo ao sucesso!!

Abraços,

Prof. Tiago Lyra
www.professortiagolyra.blogspot.com
profporttiagolyra@hotmail.com