Professor Tiago Lyra:
Licenciado em Português/Inglês pela Universidade Metropolitana de Santos/SP, professor há mais de 8 anos em cursos presenciais para concursos no Estado do Rio de Janeiro, Ex. AL Oficial da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. Atualmente é servidor Público do RIOPREVIDÊNCIA (Fundo Único de Previdência Social do estado do Rio de Janeiro).
Conhecido pelos seus alunos em todo o Brasil por meio do BIZU DO LYRA que indica sempre uma dica importante para as provas de Língua Portuguesa das principais Bancas do país.Bacharelando em Direito na UCAM


CONCURSO NÃO SE FAZ PARA PASSAR, MAS ATÉ PASSAR!!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011





ANALISTA TSE 2006 CESPE-UNB

Falei de esquisitices. Aqui está uma, que prova ao
mesmo tempo a capacidade política deste povo e a grande
observação dos seus legisladores. Refiro-me ao processo
4 eleitoral. Assisti a uma eleição que aqui se fez em fins de
novembro. Como em toda a parte, este povo andou em busca
da verdade eleitoral. Reformou muito e sempre; esbarrava-se,
7 porém, diante de vícios e paixões, que as leis não podem
eliminar. Vários processos foram experimentados, todos
deixados ao cabo de alguns anos. É curioso que alguns deles
10 coincidissem com os nossos de um e de outro mundo. Os
males não eram gerais, mas eram grandes. Havia eleições
boas e pacíficas, mas a violência, a corrupção e a fraude
13 inutilizavam em algumas partes as leis e os esforços leais dos
governos. Votos vendidos, votos inventados, votos destruídos,
era difícil alcançar que todas as eleições fossem puras e
16 seguras. Para a violência havia aqui uma classe de homens,
felizmente extinta, a que chamam pela língua do país,
kapangas ou kapengas. Eram esbirros particulares,
19 assalariados para amedrontar os eleitores e, quando fosse
preciso, quebrar as urnas e as cabeças. Às vezes quebravam
só as cabeças e metiam nas urnas maços de cédulas. Estas
22 cédulas eram depois apuradas com as outras, pela razão
especiosa de que mais valia atribuir a um candidato algum
pequeno saldo de votos que tirar-lhe os que deveras lhe foram
25 dados pela vontade soberana do país. A corrupção era menor
que a fraude; mas a fraude tinha todas as formas. Enfim,
muitos eleitores, tomados de susto ou de descrença, não
28 acudiam às urnas.
Machado de Assis. A semana. Obra completa, v. III.
Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 757
1-  Em relação ao texto, assinale a opção incorreta.
A Após o termo “uma” (L.1), subentende-se a elipse da palavra
esquisitice.
B Caso a expressão “aqui se fez” (L.4) seja substituída por aqui
foi feita, prejudica-se a correção gramatical do período.
C Em “esbarrava-se” (L.6), o termo “se” indica indeterminação
do sujeito.
D O emprego da vírgula após “paixões” (L.7) justifica-se porque
a oração subseqüente é explicativa.


Comentário:


A letra “B” está errada porque apenas foi trocado o verbo da voz passiva sintética (ou pronominal-Pronome apassivador) para a voz passiva analítica, repare o tempo e o modo verbal de “fez” e “ foi” estão mantidos (pretérito perfeito do indicativo)!!


TÉCNICO TSE 2006 CESPE-UNB

1Uma sociedade democrática vive de suas clivagens,
que têm como fundamento o respeito ao pluralismo político.
Cada partido tem o direito de fazer suas próprias propostas,
4 procurando mostrar para a opinião pública a sua viabilidade,
a sua pertinência e a sua importância. Ela se alimenta,
também, dos consensos que consegue estabelecer sobre
7 algumas grandes questões nacionais, as que possibilitam
precisamente que o país adote uma rota de crescimento
econômico, desenvolvimento social e pleno respeito à
10 liberdade.
Idem, ibidem.
-Em relação ao texto acima, assinale a opção incorreta.

A A forma verbal “têm” (L.2) refere-se a “clivagens” (L.1).
B A palavra “clivagens” (L.1) está sendo empregada com o
sentido de convergências, uniões.
C O pronome “Ela” (L.5) refere-se a “sociedade
democrática” (L.1).
D O emprego de vírgula após “econômico” (L.9) justifica-se por
separar elementos de mesma função gramatical componentes
de uma enumeração.


Comentário:


A errada é a letra “B”, pois a palavra “clivagens” está com o sentido oposto do estabelecido em  “convergências, uniões” ela tem no texto o valor de oposição. Consoante ao dicionário priberam da língua portuguesa a palavra em tela quer dizer  Divisão ou Fragmentação, o que é facilmente percebido pelo contexto. Quando o autor diz “Cada partido tem o direito de fazer suas próprias propostas” demonstra diversidade de ideias e não união como diz a letra “B”



CONTEÚDO DE PORTUGUÊS TSE - CONSULPLAN - PROVA 12 DE FEVEREIRO!!







CONHECIMENTOS GERAIS:
LÍNGUA PORTUGUESA (PARA TODOS OS CARGOS): Leitura, compreensão e interpretação de textos.
Estruturação do texto e dos parágrafos. Articulação do texto: pronomes e expressões referenciais, nexos,
operadores sequenciais. Significação contextual de palavras e expressões. Equivalência e transformação de
estruturas. Sintaxe: processos de coordenação e subordinação. Emprego de tempos e modos verbais.
Pontuação. Estrutura e formação de palavras. Funções das classes de palavras. Flexão nominal e verbal.
Pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação. Concordância nominal e verbal. Regência nominal e verbal. Ocorrência de crase. Ortografia oficial. Acentuação gráfica
VAMOS GABARITAR!!